Trecho de um artigo publicado no site do Mises Brasil, assinado por um tal Walter Williams, sob o nome de 'A liberdade requer coragem - inclusive para ver e ouvir o que não quer':
"Prosseguindo, os princípios que devem ser verificados a respeito do compromisso de um indivíduo para com a liberdade de expressão também devem ser verificados a respeito do seu compromisso para com a liberdade de associação. O verdadeiro teste para determinar se um indivíduo é sinceramente comprometido com a defesa da liberdade de associação não está em ele permitir que as pessoas se associem de uma maneira que ele aprova. O verdadeiro teste ocorre quando ele permite às pessoas serem livres para se associar voluntariamente de maneiras que ele considera desprezíveis.
Um estabelecimento que proíbe a entrada de negros é tão válido quanto um que proíbe a entrada de brancos. Um estabelecimento que proíbe a entrada de homossexuais é tão válido quanto um que proíbe a entrada de heterossexuais. Um estabelecimento que proíbe a entrada de judeus é tão válido quanto um que proíbe a entrada de neonazistas.
Associação forçada não é liberdade de associação. "
Sim, é isso mesmo. O autor dessa 'brilhante' construção ignora o sonoro fato de que os homens, em seu estatuto ontológico radical, são iguais, e que portanto um estabelecimento comercial que negue atendimento a uma pessoa com fundamento na cor da sua pele está, na verdade, negando a condição de ser humano do outro, e isso a nossa sociedade repudia, graças a Deus. A civilização ocidental se debate com o tema há muitos séculos. A compreensão dessa verdade essencial, inaugurada supremamente com o advento do cristianismo, não se deu sem duríssimas lutas e muito derramamento de sangue. Tem de ser muito mal intencionado e ignorante pra não perceber isso.
A dignidade humana vem ANTES de qualquer outra coisa, pois ela é fundada na verdadeira liberdade, que consiste no homem responder apenas ao Criador, àquele que possui e dá o dom da vida a cada um de nós. Tolerar a discriminação racial é negar a liberdade ao próprio Deus. E uma sociedade não pode se dar a isso, sem condenar a si mesma à desintegração.
Usando de minha liberdade de expressão, afirmo que isso é um dos maiores absurdos que já li em muito tempo. Irresponsabilidade tem limite. E pra cima de mim, não!
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