Todo ser humano, como ser que é, como unidade ontológica, não sendo nem absoluto nem causa sui, é ser determinado. Esta determinação se dá pelo arithmós logoi, a lei de proporcionalidade intrínseca que caracteriza todo ser determinado.
O ser determinado,
limitado, particularizado, não é de qualquer modo, mas sim de um modo específico, qualificado por
um arithmós (sua razão interna,
sua lei harmônica formadora, a vibração que lhe caracteriza) específico.
Os esquemas ontológicos, as
razões internas, os logoi da unidade
essencial (do ser) possíveis aos seres humanos são em número de 7 (sete).
Esses 7 (sete) logoi são identificados,
tradicional e arquetipicamente, como os 7 espíritos de Deus, os 7 arcanjos, e daí, por
analogia, às 7 trombetas, os 7 dias da criação, as 7 notas musicais, as 7 cores
do arco-íris, os 7 planetas da astrologia, os 7 dons do Espírito Santo.
Todo ser humano,
independentemente de qualquer acidente existencial, tem o arithmós logoi da sua unidade ontológica, de seu ser, identificado
com um dos sete arithmós logoi
primordiais (no caso, os arithmoi arkhai, os princípios supremos).
Todo ser humano participa de
um dos sete arithmoi arkhai reproduzindo,
analogamente, a mesma razão interna de determinação.
Firmando: os sete logoi primordiais, os sete arithmoi arkhai, são, em última
instância, expressões volitivas do Absoluto, ‘diferenciações dentro da
Unidade', aspectos ou modos de ser do
Ser Absoluto. Estes, por sua vez, determinam os esquemas ontológicos, os modos de ser possíveis, a todos os seres, cuja participação nos arkhai se dá por meio da reprodução analógica da mesma razão interna (aqui, os arithmoi logoi).
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