terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Tese Ontológica inspirada no pitagorismo da obra de Mário Ferreira dos Santos



Todo ser humano, como ser que é, como unidade ontológica, não sendo nem absoluto nem causa sui, é ser determinado. Esta determinação se dá pelo arithmós logoi, a lei de proporcionalidade intrínseca que caracteriza todo ser determinado.


O ser determinado, limitado, particularizado, não é de qualquer modo, mas sim de um modo específico, qualificado por um arithmós (sua razão interna, sua lei harmônica formadora, a vibração que lhe caracteriza) específico.


Os esquemas ontológicos, as razões internas, os logoi da unidade essencial (do ser) possíveis aos seres humanos são em número de 7 (sete).


Esses 7 (sete) logoi são identificados, tradicional e arquetipicamente, como os 7 espíritos de Deus, os 7 arcanjos, e daí, por analogia, às 7 trombetas, os 7 dias da criação, as 7 notas musicais, as 7 cores do arco-íris, os 7 planetas da astrologia, os 7 dons do Espírito Santo.


Todo ser humano, independentemente de qualquer acidente existencial, tem o arithmós logoi da sua unidade ontológica, de seu ser, identificado com um dos sete arithmós logoi primordiais (no caso, os arithmoi arkhai, os princípios supremos).


Todo ser humano participa de um dos sete arithmoi arkhai reproduzindo, analogamente, a mesma razão interna de determinação.


Firmando: os sete logoi primordiais, os sete arithmoi arkhai, são, em última instância, expressões volitivas do Absoluto, ‘diferenciações dentro da Unidade', aspectos ou modos de ser do Ser Absoluto. Estes, por sua vez, determinam os esquemas ontológicos, os modos de ser possíveis, a todos os seres, cuja participação nos arkhai se dá por meio da reprodução analógica da mesma razão interna (aqui, os arithmoi logoi). 

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