domingo, 22 de novembro de 2015

Os comunolarápios não irão pra lata de lixo da história sozinhos

Proposta de ministério que altera ensino de história causa reações


O processo de centralização estatal da educação segue sua marcha. A proposta de base curricular nacional a ser imposta pelos pilantras do MEC é de um sadismo insuperável, pela forma e pelo conteúdo. Pela forma, por que é irracional assumir que meia dúzia de burocratas a serviço do governo possam determinar o que é educação, subtraindo a liberdade essencial de os pais escolherem as escolas que julgarem mais adequadas dentre diferentes opções em um mercado livre. Pelo conteúdo, por que essa proposta de modificação no ensino de história irá transformar o que já é péssimo em pura manipulação ideológica. Um sujeito que não conheça os fundamentos históricos da civilização, bem como os principais acontecimentos que moldaram o mundo até o estágio atual, é um sujeito frágil, perdido num vácuo de referências, desconectado, sem horizontes, portanto facilmente manipulável.

Agora pergunte qual o instituto que encabeça esse movimento de base (dica: tem a ver com cerveja)? E descubra pra quais interesses essas pessoas realmente trabalham. pois é.....

6 comentários:

  1. A interpretação da proposta é típica da esquizofenia da direita brasileira. Afinal, qual o problema: a definição de uma política sólida para educação pública com um currículo base ou os interesses privados de fundações corporativas?

    A educação deixada solta na mão do "mercado livre" como um serviço qualquer, em que se ensina o que quiser, o que os pais ou corporações formulam o que é melhor é muito mais autoritária, desigual e ideológica do que a definição de políticas públicas universais e que conferem autonomia ao educador dentro de um programa mínimo.

    Da forma que está, interessa mais a lógica dos cursinhos, como mostra a matéria, em que o currículo é definido pelo vestibular e o aluno sai do ensino médio sem conhecer bem história da africa, da américa latina e outros conteudos importantes para formação humana

    Os fundamentos históricos da civilização grega por exemplo não seriam nada sem a memória e difusão dos povos árabes que só depois a europa foi ler. Um sujeito frágil e manipulado é aquele que não conhece a historia da africa e do campo comum de formações nacionais latinoamericanas, na medida em que referências puramente ocidentais, como se não se pensasse fora da grécia e que a europa ocidental fosse portadora única desse legado, são caducas para dar conta das especificidades culturais, historicas e sociais brasileiras.

    O MEC tem que ser duro com as corporações e a mercantilização do ensino. E os neoliberais cair na real: fundação roberto marinho, fundação lehmann, fundação ayrton senna, grandes conglomerados de "ensino privada" tipo estácio, unip, kroton etc são hegemonicos em diversos campos da educação brasileira com seu sucateamento privatizante. É a defesa desses interesses privados que vocês reforçam ao defender a falácia do livre mercado como instrumento de regulação do campo educacional

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    1. 1) A história dos povos africano e ameríndio é importante sim. Mas não em detrimento da história clássica e medieval tradicionais;

      2) O nosso enquadramento civilizacional reside na consagrada fórmula: cultura grega, direito romano-canônico e religião cristã. foram essas estruturas que moldaram o mundo ocidental, de cujos frutos compartilhamos. Veja que, não obstante termos uma singular formação étnica-cultural, pela miscigenação de europeus, índios e negros, ainda assim aqueles valores (historicamente hegemônicos nesta 'metade' do mundo) estão vivamente presentes e atuantes. sabe por quê? porque representam conquistas inolvidáveis para o gênero humano, muito mais do que expressões relativas a tempo e espaço históricos.

      3) Fundações como roberto marinho, lehmann, itaú, george soros, ford, são instituições metacapitalistas que fazem engenharia social para atender aos interesses de oligopólios e elites globalistas. a última coisa que essa gente quer é liberdade, família, religião e livre-mercado. ao contrário, são todos socialistas fabianos.

      4) Podemos ter os dois sistemas, desde que o MEC permita uma liberdade curricular para as instituições privadas. Assim, ao menos as pessoas poderão escolher o tipo de educação que querem para os seus filhos (os que puderem, claro, por que os outros terão de se submeter às imposições coletivizantes). A verdadeira universalidade não está na uniformidade de conteúdo e pensamento, mas no reconhecimento das diferentes necessidades e da liberdade essencial sobre um fundo humano comum.

      Fique com Deus.

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    2. 1) "não em detrimento da história clássica e medieval tradicionais".

      A história da áfrica, da américa latina, das classes subalternas, das mulheres no brasil é que tem sido sufocada, silenciada e não trabalhada. Sua resposta é claramente uma tentativa torcedora de querer manter o status quo, de uma dita "tradição" que nem existe, diminuindo essas problemáticas, não é um jogo de soma zero ou em detrimento, como se esses conteúdos se anulassem.


      2) O 'enquadramento civilizacional" ideológico construído pela associação grécia - europa sem mediação árabe; em que o genocídio da colonização das américas e a guerra santa cristã são vistos como benéficos e civilizacionais, tanto na formação dos Estados europeus e no empreendimento colonial, moldaram a mentalidade de parte de uma elite intelectual das américas, especialmente uma burguesia urbana branca, seja de Buenos Aires, Santiago, Sudeste do Br, Lima, Bogotá, que se entende fora da influência negra ou indigena e se quer ocidental, iluminada e portadora de uma história comum com o continente "europeu".

      Como se também as conquistas da modernidade não viessem da própria luta dos oprimidos, dos sindicatos, das mulheres e nas américas com o acréscimo das lutas de independencia nacionais, antiraciais de expressão negra e indigena, em vários países. Inclusive tendo como inimigos os defensores da "tradição" ocidental cristã, da continuidade dos privilégios do estado patrimonialista, quando não do racismo e fascismo aberto. As conquistas não foram uma cortesia da aristocracia conservadora, da burguesia filantrópica ou da boa vontade do papa

      3) No outro post foi defendido o livre mercado como regulador da educação. Apenas chamei a atenção que no mundo real, as corporações privadas são a expresãso de atuação de forças mercadologicas na educação. Dizer que o Itau, Roberto Marinho, Soros e AMBEV são socialistas é pura pilantragem ou produto de uma séria lavagem cerebral voltada para negar o problema. O direitista brasileiro tem dificuldade em comer PFL, Globo, Veja e quer arrotar Hayek, Voegelin e cia. Já me acostumei com esse perfil. Querer que a direita liberal brasileira realmente existente seja perfeita, idêntica as seitas e grupelhos autoreferentes de difusão online é uma simples piada. Com isso, é o que você diz: todos inimigos viram de esquerda, todos são socialistas fabianos. "Não existe direita no brasil" quantas vezes temos que ouvir essa fraude? nazismo,ditadura brasileira e o PSDB são de esquerda", dentre outras fraudes? Os oligopólios capitalistas privados são o resultado da penetração do mercado na educação brasileira que você defendeu e da adaptação aos novos tempos de circulação do capital para instituições religiosas na educação! - em detrimento da valorização do ensino público de corte socialista. O fato de você não gostar ou querer se distanciar da estácio, roberto marinho, unip, fundação xuxa meneguel e cia religiosas que estruturam a educação neoliberal e conservadora no brasil não faz dessas organizações em nada socialistas: o que essa galera quer é menos MEC e mais mercado,


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    3. 4) As instituições privadas já tem ampla liberdade. Totalmente soltas no currículo e na educação o resultado seria a precarização, a educação de apostilas corporativas e ensino puramente instrumental e voltado para o lucro como já vemos no modelo liberal corporativo. O MEC tem que seguir com programa minimo orientador, avaliações e quanto mais política universal melhor. Porque "imposição coletivizante" é empresário da educação não querer ensinar nada que não seja lucrativo. E também é como se nessa sua proposta a educação devesse ser a extensão da bolha ideológica familiar, a um cordão umbilical paterno (com todos preconceitos embutidos) que isole a familia idealizada de todas as contradições, conflitos e diferenças.

      Isso fica óbvio na ultima frase da resposta. A maior uniformidade está na sua tentativa de sufocar a diversidade de conteúdos ainda pouco explorados e importantes em nome da imposição coletivizante arcaica de ensinar os bons costumes da tradição cristã ocidental já consolidados e martelados. Ou alguem no brasil sofre preconceito por ser homem branco cristão? Que diferença isso reconhece? Que liberdades necessidades sociais são atendidas com a tentativa de excluir a contribuição africana da história do Brasil em um país de maioria de negros e pardos?

      Fica muito clara a tentativa (frustrada) de inverter o assunto A ausência de diversidade nos conteúdos é o problema. A tentativa de resolver isso do ponto de vista público não é uma panacéia ou vai destruir a família, ocidente, os brancos. Esses não são novos oprimidos, da mesma forma que não existe racismo contra branco, opressão feminista ou ditadura gay. Privilegiados estão é com medo de não terem mais as suas "imposições coletivizantes" hegemônicas na educação e na sociedade.

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    4. são muitos chavões e acusações infundadas de um desconhecido pra eu ficar rebatendo. então, deixa pra lá. boa sorte pra você.

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  2. sou ninguém, não procuro um protagonismo fálico, personalista nas idéias que circulam.

    não lembrarei seu nome e nem preciso saber muito.pelos 2 posts deu para ver que seu pensamento é de manual, cartilha previsível de clichês "comunolarapios", "pilantras do MEC" e a que mais gostei, a hipótese do pai "oprimido" por não poder colocar o filho numa escola com o ensino tão branco, sudestino, machista e reacionário como ele, perseguido tanto por stalinistas imaginários do MEC e também por socialistas do Itau, da Fundação Roberto Marinho e AMBEV, unidos para acabar com a família e o ocidente hahahahaa

    Previsível que meu esforço tenha dado certo, pelo menos o esgoto de idéias sobre os méritos do livre mercado na educação deixa de jorrar

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